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Mesa Antítese Discute Gestão Cultural

Publicado em: 22/07/2010 |

Abrir espaço para discussão e explicar detalhes do modo como se deve delinear e focar os objetivos de grupos teatrais para planejar, gerir e organizar projetos é a proposta de uma mesa de discussão organizada pela SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.

 

O encontro, que recebeu o nome de Mesa Antítese, proporcionará o diálogo entre profissionais, estudantes e público em geral, com o tema “Planejamento nas Artes Cênicas: Experiências  e Aprendizados”, na segunda-feira, (26/7), às 19h, no Teatro Aliança Francesa, em São Paulo.

 

Os convidados são profissionais atuantes em gestão de empreendimentos ligados às Artes Cênicas e apresentam perfis diferenciados. A mesa conta com a participação de Cláudia Schulz, coordenadora do projeto Palco Fora do Eixo, Rômulo Avelar, consultor e gestor cultural, e Wellington Nogueira, do grupo Doutores da Alegria. Eles irão focar o emaranhado técnico, administrativo, financeiro e político que dá suporte à cena cultural brasileira.

 

“Respeitar a personalidade do grupo e assumir que, apesar do que venha a ser feito, é preciso estabelecer uma dinâmica de trabalho e se organizar, pois traz mais oportunidades de crescimento. É importante definir um objetivo a longo prazo, como um núcleo de existência para o grupo. Só assim, se consegue sustentabilidade”, explica Ana Paula Galvão, formadora do curso de Difusão Cultural Gestão de Projetos Cênicos.

 

Ana Paula explica que a proposta em trazer convidados com objetivos distintos para a discussão, mostra que, independentemente do trabalho que se faça, pré-requisitos como estrutura e organização são condições para se obter sucesso. “´É importante ter um olhar amplo sobre as necessidades práticas de projetos culturais. Sempre existe um risco ao assumir a produção e criação artística, mas é indispensável o planejamento para seguir esse caminho”, afirma.

 

O profissional necessita, além disso, ter consciência e estabelecer objetivos claros para concretizar um trabalho. Para tanto, são imprescindíveis a organização e auto-suficiência. A Mesa Antítese pretende reforçar a proposta pedagógica da SP Escola de Teatro de formar grupos conscientes de seu trabalho artístico e organizacional. Afinal, “um grupo teatral precisa ser auto-suficiente no que se refere a gestão cultural”, afirma Thiago Leite, assessor da Coordenação dos Cursos de Difusão Cultural.

 
Confira os currículos dos convidados:

 

Wellington Nogueira

Ator formado pela Academia Americana de Teatro Dramático e Musical de Nova York. A partir de 1988, passou a integrar o elenco da Big Apple Circus Clown Care Unit, programa pioneiro em levar palhaços profissionais especialmente treinados para visitar crianças hospitalizadas. Em 1991, de volta ao Brasil, fundou o programa-irmão Doutores da Alegria, que hoje atua em oito hospitais em São Paulo, três no Rio de Janeiro, quatro no Recife e um em Belo Horizonte. É fundador e coordenador-geral da Doutores da Alegria – Arte, Formação e Desenvolvimento, organização ganhadora do Prêmio Criança, outorgado pela Fundação Abrinq, três vezes reconhecida pela Divisão Habitat da ONU como uma das 40 Melhores Práticas Globais e também ganhadora do Prêmio Cultura e Saúde, concedido em junho de 2009 pelo Programa Cultura Viva, iniciativa conjunta dos Ministérios da Cultura e Saúde.

 

Rômulo Avelar

Administrador formado pelas Faculdades Promove de Belo Horizonte. Produtor e gestor cultural. Estudou na Escola de Produção Cultural da Fundição Progresso do Rio de Janeiro, atuou em empresas como Fiat, MBR e Teatro Alterosa, e na área pública, como superintendente de Cultura de Contagem, diretor de Promoção da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, assessor especial da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e presidente da Comissão Técnica de Análise de Projetos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Ministra cursos nas áreas de produção, planejamento e gestão cultural, em várias cidades brasileiras. Atualmente trabalha como consultor de diversos grupos e entidades culturais e como assessor de Planejamento do Grupo Galpão e do Grupo do Beco. Lançou recentemente o livro “O Avesso da Cena: Notas sobre Produção e Gestão Cultural”.

 

Cláudia Schulz

Graduada em Interpretação e Direção Teatral pela UFSM/RS. Foi professora substituta da UFSM, pelo Departamento do  curso de Artes Cênicas e arte-educadora no Centro Social Marista Nova Santa Marta. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais na UFSM, Linha Arte e Cultura. Organizadora do Festival de Teatro Independente de Santa Maria. Integrante do Macondo Coletivo é coordenadora nacional do projeto Palco Fora do Eixo, nova frente de trabalho do Circuito Fora do Eixo. Participa da Cia Teatro de Bolso e Núcleo de Experimentação Indisciplinar Transcena&Tal.

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Serviço: MESA DE DISCUSSÃO COM CLAÚDIA SCHULZ, RÔMULO AVELAR E WELLINGTON NOGUEIRA
Local: Rua General Jardim, 182 – Vila Buarque
Lotação: 200 pessoas
Entrada Franca

 Texto: Renata Forato | Fotos: Divulgação | Montagem: Rodrigo Meneghello