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Sesc SP lança curso de Cenografia com J. C. Serroni, coordenador da SP Escola de Teatro

J. C. Serroni, coordenador dos cursos de Técnicas de Palco e Cenografia e Figurino da SP Escola de Teatro.

J. C. Serroni, coordenador dos cursos de Técnicas de Palco e Cenografia e Figurino da SP Escola de Teatro. | Foto: Bruno Poletti/ADAAP

A partir do dia 29 de fevereiro, o Sesc Digital oferece o curso de Cenografia, que traz a experiência de J. C. Serroni em seis módulos divididos em 28 aulas, de uma forma simples — porém, não simplista. As aulas trazem fundamentos históricos e técnicos, lado a lado com as reflexões sobre linguagem, estilo e processos de trabalho. As inscrições estão abertas na plataforma EAD Sesc Digital.

J. C. Serroni é coordenador dos cursos técnicos de Cenografia e Figurino e de Técnicas de Palco da SP Escola de Teatro.

Este curso chega após os bem-sucedidos ministrados por Marisa Bentivegna (Iluminação Cênica) e a Cia LaMínima (Fundamentos de Palhaçaria e Comicidade Física), ambos disponíveis para matrículas.

Um dos principais mestres da cenografia no país, atuando há cinco décadas, J. C. Serroni coleciona diversos prêmios em sua carreira. Neste curso, o artista apresenta aulas que trazem fundamentos históricos, conceituais e técnicos, lado a lado com as reflexões sobre linguagem, estilo e processos de trabalho.A importância do diálogo com a equipe artística, técnica e com os atores será reforçada ao longo das aulas, bem como da pesquisa de referências e do uso eficaz e estratégico de materiais, estruturas e objetos cênicos. Para isso, o cenógrafo explica, na prática, como os conceitos se materializam em diferentes espetáculos, com estudos de caso específicos em diferentes tipos de palco ou espaços cênicos, conforme as diferentes condições, demandas e restrições que se apresentam em uma montagem teatral. O aluno encontrará muitas dicas e conselhos sobre os cuidados que um cenógrafo deve ter.O material complementar, nas abas de leitura e na apostila do curso, traz a explicação de termos específicos, desvendando o vocabulário do dia a dia dos profissionais, com links para pesquisa em livros, fotos, sites e vídeos. Será possível acompanhar as diferentes opções de materiais disponíveis hoje para elaborar croquis, maquetes e projetos criativos, numa integração harmônica entre o conhecimento do passado e as possibilidades tecnológicas do futuro.

Sempre em diálogo com outros artistas, Serroni convidou André Cortez, Márcio Tadeu, Gabriel Villela e Simone Mina, grandes profissionais das artes cênicas, para elaborar questões importantes em depoimentos sobre esta área, ao longo das aulas.

Para quem é este curso?

O curso é livre, gratuito e autoguiado, ou seja, as videoaulas estão todas gravadas, e o aluno pode acompanhar no seu próprio ritmo. Não fornece certificado nem prevê avaliações, mas incentiva a formação teórica e prática, tanto de uma forma geral (pelo cultivo da sensibilidade artística, pela observação atenta de espetáculos e na análise do diálogo com outras áreas) como específica (na apresentação de técnicas, materiais e abordagens do fazer cenográfico).

Ao final dos seis módulos, os interessados terão seu repertório ampliado quanto aos caminhos e ferramentas possíveis na elaboração de um projeto de cenografia, tendo a trajetória de J. C. Serroni como guia. O material de apoio é direcionado aos iniciantes e aos já iniciados na arte teatral, sem limitação de idade, tendo como único requisito o interesse pelo estudo da cenografia e de suas variadas abordagens ontem e hoje.

Para além de fazer uma decoração de palco ou de mimetizar uma realidade em cena, a arte da cenografia organiza signos para criar uma outra realidade; dramatizando o espaço em conjunto com a direção, com a iluminação e a sonoplastia; sempre apoiando o trabalho do ator, em estreita colaboração com o/a figurinista.

• Módulo 1: Onde Nasce Essa História: definições de cenografia e sua evolução, a partir do Teatro Grego e Romano.• Módulo 2: A essência de cada tempo e contexto: reflexões sobre o fazer cenográfico e a evolução da cenografia na Idade Média.

• Módulo 3: O que revelam as escolhas dos espaços, das dramaturgias e da pesquisa cenográfica: caminhos para a formação técnica e sensível do artista e a evolução da cenografia no Teatro Renascentista  e na era de ouro do Teatro Barroco.

• Módulo 4: Exigências e transformações da arte na caixa de ilusões: o projeto cenográfico e diferentes configurações do espaço e suas implicações, desde a caixa cênica da Ópera Italiana até os dias atuais.• Módulo 5: As diferentes configurações do espaço na contemporaneidade: tipologias de teatro, site specific e estudos de caso.

• Módulo 6: Técnicas e Materiais: exemplos de maquetes e estudo de materiais para a construção do seu projeto (propriedades e aplicações).Sobre J. C. Serroni

José Carlos Serroni é um dos principais mestres da cenografia no país, atuante há cinco décadas. Seus trabalhos receberam dezenas de prêmios em festivais nacionais e internacionais e chegaram ao maior evento da área, no mundo, que é a Quadrienal de Praga, na República Tcheca. Em São Paulo, junto do diretor Antunes Filho e do Centro de Pesquisas Teatrais do Sesc, trabalhou em espetáculos icônicos, como “Paraíso Zona Norte”, “Vereda da Salvação” e “Antígona”, e coordenava o Núcleo de Cenografia e Figurino do CPT. Sempre envolvido na formação de novos profissionais, criou o Espaço Cenográfico, no centro de São Paulo, e os cursos de cenografia/figurino e técnicas de palco, da SP Escola de Teatro; além de ter publicado livros de referência como Teatros: uma memória do espaço cênico no Brasil (Senac, 2002), Cenografia brasileira – Notas de um cenógrafo (Sesc, 2013) e Figurinos – Memória dos 50 anos do Teatro do Sesi-SP (Sesi, 2015).

J. C. Serroni começou como artista plástico, em São José do Rio Preto e formou-se arquiteto pela Universidade de São Paulo. Foi aluno de Flávio Império, professor de gerações de profissionais e colaborador de renomados diretores teatrais. Levou sua expertise para a tevê (TV Cultura, TV Globo e MTV), para a ópera, dança, ao cinema, shows musicais e montagens de exposições, sendo também responsável por reformas de teatros e espaços multiuso em todo Brasil. Há 15 anos seu lugar de experimentações é o Armazém da Utopia, no Rio de Janeiro, junto da Companhia Ensaio Aberto.




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