A partir do dia 14, o espetáculo português “Anônimo Não É Nome de Mulher”, da Cia Narrativensaio – AC, faz temporada em São Paulo. A peça nasceu como residência artísticas em 2023 na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.
Em 14 de agosto, a apresentação acontece no Centro de Artes Cênicas Walmor Chagas. Em 16 de agosto, no Teatro Flávio Império. No dia 20, no Teatro Municipal de Mauá. Por fim, no dia 22, no Teatro Sérgio Cardoso.
Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla.
A montagem resgata histórias reais de mulheres brasileiras que foram internadas em hospitais psiquiátricos por desafiarem normas sociais, revelando as tensões entre submissão e resistência, e propondo uma profunda reflexão sobre os direitos humanos, o silenciamento feminino e os mecanismos de repressão institucional.
Com dramaturgia de Mariana Correia Pinto e encenação de António Durães, a peça é parte da pesquisa de pós-doutoramento da atriz e pesquisadora Luisa Pinto na Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ECA/USP e o Centro de Estudos Arnaldo Araújo (Portugal).
A montagem já passou por palcos como a SP Escola de Teatro e o Teatro Sérgio Cardoso, e agora amplia seu alcance por meio de uma circulação que fortalece intercâmbios entre arte, academia e territórios periféricos.
Inspirado em obras como Holocausto Brasileiro e Malacarne, além de arquivos históricos do Brasil, Portugal e Itália, o espetáculo expõe os relatos de mulheres consideradas “fora da norma” — muitas delas internadas compulsoriamente por motivos como questionar o casamento, exercer sexualidade livre ou simplesmente tentar viver com autonomia.
Além da apresentação, o projeto promove debates pós-espetáculo com convidadas da área da saúde mental, direitos das mulheres e arte política, incentivando o diálogo entre arte e sociedade.
Ficha Técnica
Texto: Mariana Correia Pinto
Encenação: António Durães
Assistência de encenação: Joaquim Gama
Interpretação: Luisa Pinto e Maria Quintelas
Composição e interpretação musical: Cristina Bacelar
Espaço cénico: António Durães
Figurinos: Composição coletiva
Luz: Francisco Alves
Fotografia de cena: Teresa Miranda
Produção local: Creuza Borges
Coprodução: Narrativensaio-AC, Casa das Artes de Famalicão
Apoio à Internacionalização: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Apoios Brasil: Secretaria de Cultura de Mauá, APAA, Teatro Sérgio Cardoso, Centro de Estudos Arnaldo Araújo ,SP Escola de Teatro e Centro Cultural Walmor Chagas de São Jose dos Campos.
Duração: 90 minutos
Classificação Indicativa: 16 anos
