Na última segunda-feira (9), aconteceu no Teatro Sérgio Cardoso uma homenagem ao ator, autor e diretor de teatro Plínio Marcos (1935-1999).
No ano em que o autor completaria 90 anos, seu texto “Navalha na Carne” é interpretado em ópera, com música e texto de Leonardo Martinelli. Parte do elenco de “A Mancha Roxa” em 1988, de autoria de Plínio, Dione Leal, analista pedagógica na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, foi convidada a participar da homenagem.
Segundo ela: “Foi uma honra participar desta homenagem tão importante a um autor que foi um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira. Com coragem e sensibilidade, Plínio Marcos deu voz aos excluídos e expôs com crueza as feridas sociais do País. Sua obra continua viva como símbolo de resistência, verdade e arte comprometida com a realidade.”
Além de escritor, ator, diretor e dramaturgo, Plínio Marcos foi, também, jornalista, e escreveu diversas peças de teatro, principalmente durante a ditadura civil-militar no Brasil. Nascido em Santos, Plínio ficou conhecido por retratar a marginalidade e violência urbana de maneira crua, com uma linguagem direta e popular, vista muitas vezes como chocante para a época. Considerado um dos autores mais importante do teatro marginal, Plínio teve muitas de suas peças censuradas durante o regime militar, justamente por mostrar o que o País, na época, tentava esconder.