
Décio Otero | Foto: Edouard Fraipont
Morreu ontem (28), aos 92 anos, Décio Otero, bailarino, diretor e coreógrafo brasileiro. Nascido em Ubá, na Zona da Mata Mineira, Décio foi fundador do Ballet Stagium, ao lado de sua companheira, Marika Gidali.
Autor de mais de cem coreografias, Otero iniciou seus estudos em Belo Horizonte, aos 17 anos, no Ballet de Minas Gerais. Cinco anos depois, ingressou no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, tornando-se solista no ano seguinte.
Já em 1959, Décio passou a integrar o elenco do Ballet do Rio de Janeiro, realizando várias turnês e recebendo diversos prêmios, como pela interpretação em Pas de Deux de Cisne Negro, de Eugênia Feodorova, e Yara, de Vania Psota.

Foto: Emidio Luisi
Em mais de setenta anos de atuação, Otero fez história nos palcos, na televisão, na formação de artistas e na criação de uma identidade brasileira na dança. Com uma carreira consolidada, o coreógrafo se destacou por sua trajetória artística dentro e fora do Brasil. Recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, assim como vários Prêmios APCA. Em 2005, recebeu a Ordem do Mérito Cultural do Distrito Federal.
Décio seguiu nos palcos, acompanhando os ensaios do Ballet Stagium e participando de eventos e trocas com diferentes artistas. Em cena até o final de sua vida, integrou o elenco do espetáculo Corpos Velhos, com direção de Luís Arrieta, transbordando no corpo sua paixão e dedicação à arte.