SP Escola de Teatro

“Zebra Sem Nome” estreia no Sesc Belenzinho com músicas inspiradas na República do Congo

"Zebra Sem Nome", espetáculo infantil de 2023, com apresentações no Sesc Belenzinho.

“Zebra Sem Nome”, espetáculo infantil de 2023, com apresentações no Sesc Belenzinho. | Foto: Divulgação/Ethel Braga

O Sesc Belenzinho recebe a peça infantil “Zebra Sem Nome”, espetáculo no qual a personagem título se identifica com seu bando ao som de canções inspiradas na República do Congo, em trilha executada ao vivo. A temporada acontece de 1° a 30 de julho, sábados e domingos, às 12h, no Sesc Belenzinho.

A montagem traz a artista Marina Esteves em sua primeira direção e aponta para uma trajetória para além do coletivo O Bonde, em que é cofundadora. A trama da peça conta a história de uma zebra que quer um nome para chamar de seu. Em seu caminho para encontrar algum que lhe caia bem, percorre o mundo para além da savana e conhece personalidades negras femininas marcantes na história da nossa sociedade.

O texto “Zebra Sem Nome” foi escrito pela dramaturga e roteirista Maria Shu (egressa da SP Escola de Teatro) ao lado de sua filha Heloísa, na época com sete anos. Curiosa sobre temas como representatividade, gênero e classe social – perguntas motrizes da menina – a dramaturgia aborda esses assuntos de forma lúdica com personagens divertidos e que andam em bando. A peça marca o segundo encontro entre as artistas negras e pesquisadoras das narrativas cênicas, Shu e a diretora Marina Esteves.

No enredo, a personagem Zebra sai da savana africana em busca da sua identidade e de um nome para chamar de seu. No percurso, ao conhecer novos lugares também se depara com figuras importantes para suas descobertas e sua busca por identidade. “A peça tem como recorte a união de mulheres negras. A Zebra, enquanto passa por esses espaços, encontra personalidades negras, como Glória Maria, Lélia Gonzales, Conceição Evaristo, Palhaça Chamego, primeira palhaça negra no Brasil. Essas pessoas a fazem se reconhecer como indivíduo. Ela também aprende que, andando em bando – as zebras sabem disso, elas andam em bandos femininos -, ela consegue encontrar sua própria identidade”, conta a diretora.

No palco, atores e musicistas. A peça é embalada por uma trilha sonora ao vivo que mescla canções originais, a sonoridade e a musicalidade do centro-oeste da África, particularmente na República do Congo. Há também influência do hip hop. Com uma DJ em cena, as músicas sampleadas vão conduzindo o caminho e os encontros das personagens. “Nosso público será surpreendido com a musicalidade altiva, festiva e vibrante que se inicia no espaço”, diz Marina.

Serviço

“Zebra Sem Nome”
De 1 a 30 de julho de 2023. Quintas, às 15h. Sábados e domingos, às 12h.
Local: Teatro (374 lugares)
Valores: R$8,00 (credencial plena), R$12,50 (meia), R$25,00 (inteira). Crianças até 12 anos não pagam
Ingressos disponíveis para compra online a partir de 20/06, às 17h. E nas bilheterias das unidades Sesc a partir do dia 21/06, às 17h.
Classificação: Livre
Duração: 50 minutos

Ficha técnica

Concepção e Direção geral: Marina Esteves
Dramaturgia: Maria Shu
Reelaboração textual e dramaturgismo: Jhonny Salaberg, Joy Catharina e Marina Esteves
Elenco: Joy Catharina e Jhonny Salaberg
Direção musical e trilha sonora original: Felipe Gomes Moreira
Produção musical: Dani Nega
Musicistas: DJ K-Mina, Jonatah Cardoso e Larissa Oliveira
Preparação corporal, direção de movimento e coreografias: Marina Esteves
Desenho de luz: Matheus Brant
Operação de luz: Juliana Jesus
Figurino: Felipa Damasco
Modelista: Raquel Brandão
Cenografia e adereços: Livia Loureiro
Execução de cenário e mobiliário: Mateus Fiorentino
Desenho e operação de som: André Papi
Videografismo: Gabriela Miranda
Ilustrações e quadrinhos: Gabu Brito
Orientação cômica e circense – cena circo: Filipe Bregantim
Orientação em jogos e encantarias: Vanessa Rosa
Provocação cênica: Filipe Celestino
Estágio: Chidi Portuguez
Cenotécnica: Helen Lucinda
Fotografia: Ethel Braga
Mídias sociais: Isabela Alves
Assessoria de imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto
Produção jurídica: Corpo Rastreado
Produção executiva: Thiago Moreira
Produção artística: Katia Manfredi
Idealização: Marina Esteves e Maria Shu
Realização: Sesc SP
Apoio: Prêmio Zé Renato
Na canção de abertura “Não há mais nada para aprender aqui” fazemos uma citação a canção “Raízes” do compositor José Geraldo Rocha, que cedeu gentilmente sua obra. Para o compositor, nosso carinho e agradecimento.
Agradecimentos:
Ailton Barros, Circo Guarany, Casa 11, Cristiano Gouveia, Família Gomes Moreira, Gabriela Gonçalves, Gisely Alves, Graciane Diniz, Jessica Turbiani, Kalu Manfredi, Lucas Cardoso, Mariana Gabriel e família, Murilo de Lima Giavarotti, Nara Dias Gugliano, Nouve, O BONDE, Rosemary Martins, Wagner Antonio e a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para esse sonho se tornar realidade.

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