De acordo com dados divulgados hoje (5) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o ano de 2013 foi, ao lado de 2007, o sexto mais quente da história e, ao que tudo indica, 2014 atingirá temperaturas ainda maiores.
E, claro, num país de clima como o nosso, o calor surte ainda mais efeito e é responsável, inclusive, pelo mal estar de algumas pessoas. Um dos principais tormentos dos trabalhadores nesses dias é justamente trabalhar com terno e calça. Sendo assim, por que não trabalhar de bermuda? Esse tem sido o tema de várias discussões: muitos reclamam que adotar essa prática é algo urgente para a saúde.
Nesta semana, um carioca virou hit na web por ir trabalhar de saia após ser impedido de usar bermuda no serviço. A criativa atitude é apenas uma ação dentre as várias que campanhas que lutam por essa causa andam realizando.
Na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, no entanto, o uso de bermuda pelos funcionários é liberado – e mais: recomendado, nos dias de calor – desde sua fundação.
Para Ivam Cabral, diretor executivo da Escola, sempre foi fácil entender que é muito mais apropriado, em dias de calor, trabalhar usando bermudas. A iniciativa foi aprovada pelo antigo Governador do Estado José Serra e elogiada, por exemplo, em dezembro de 2011, por Ulrika Malmgren (professora de interpretação do departamento da Academia de Artes Dramáticas, de Estocolmo) e Simon Norrthon (chefe do departamento), dois professores suecos, que, na ocasião, visitavam a SP Escola de Teatro.
“Eles vieram em um dia de muito calor, em pleno verão, e nos viram trabalhando de bermuda. Ficaram encantados com isso. Confessaram que não entendiam como, em um País tropical e tão quente como o nosso, o uso de bermudas não era mais frequente”, lembra Ivam.
Na Instituição, o uso dessa peça de roupa representa muito mais que apenas oferecer melhor comodidade ou potencializar o rendimento: aponta, principalmente, para um mundo diferente, aquele em que a Escola acredita.
Texto: Felipe Del