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Uma Sonoplastia Diferenciada

Publicado em: 15/02/2012 |

Durante este semestre, um multifacetado profissional assume o posto de artista residente do curso de Sonoplastia da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Seu nome é Ricardo Severo e sua missão é formar jovens sonoplastas.

 

Apesar de residir em São Paulo desde 2002, Severo nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1964. Foi um dos pioneiros em utilizar instrumentos eletrônicos na Música Popular Brasileira, tocando com a cantora gaúcha Annie Perec em diversas casas noturnas de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, entre 1985 e 1986, com sua banda, composta somente por sintetizadores e bateria eletrônica, uma inovação na época.

 

Conhecido entre grandes músicos e compositores de Porto Alegre, tocou também com Adriana Calcanhoto, Bebeto Alves, Valéria Venturini e Joe Euthanázia, com quem gravou seu disco “Cem Mil Dólares”, lançado pela Eldorado em 1989.

 

Compositor desde 1986, trabalha com teatro, dança, cinema, TV, vídeo, moda, multimídia, internet e publicidade. Em 1999, viu encenado seu musical “Caçadores de Aventuras”, destinado ao público adolescente. Desde 2006, compõe as músicas originais para os espetáculos de dança da coreógrafa Mariana Muniz.  Seu mais novo musical infantil, Ópera Monstra”, ficou em cartaz em 2010 e 2011.

 

Em teatro, trabalhou com diretores como Luciano Alabarse, Camilo de Lélis, Luís Henrique Palese, Adriane Mottola, entre outros, realizando a trilha de mais de 60 montagens teatrais. Já foi destaque no Festival de Teatro de Canela/RS e ganhou outros 18 prêmios com suas trilhas musicais, incluindo um Kikito no Festival de Cinema de Gramado, em 1995.

 

Na SP Escola de Teatro

Severo, que irá trabalhar ao lado de Raul Teixeira, coordenador de Sonoplastia, acredita que o método empregado pela Escola é inovador e eficiente, e entende que a interação entre os artistas é fundamental no processo de aperfeiçoamento contínuo do projeto de ensino. “Eu já conhecia o Ivam Cabral (diretor executivo) e alguns dos profissionais daqui. Sei do profissionalismo e da reputação desses grandes artistas, e essa interação entre todos os colaboradores reflete positivamente no ensino dos aprendizes.”

 

O sonoplasta enfatiza que gosta do modelo pedagógico por um motivo em especial: pesquisa. “O fato de a Escola proporcionar este espaço para pesquisa e interação mostra realmente uma preocupação com o desenvolvimento do artista, e isso é único. Nunca vi tantos bons profissionais de teatro reunidos, o que permite um aperfeiçoamento avançado, diferente de outros locais que utilizam métodos aleatórios sem interação.”

 

“Estar em um lugar onde os profissionais são atuantes é sensacional. Não perder o momento na cena teatral e cultural contemporânea é imprescindível para que o aproveitamento do artista seja completo”, finaliza.

 

 

Texto: Victor Serrano