As aulas começaram com tudo aqui na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Na última sexta-feira (22), os alunos de Sonoplastia e Direção ouviram duas palestras, com experts dessas áreas, na Sede Roosevelt da Instituição.
A primeira, que aconteceu das 9h às 13h, trouxe o dramaturgo, encenador e pesquisador de teatro Sérgio de Carvalho, para falar sobre “Modernidade e Pós-Modernidade”. Logo ao início de sua explanação, Sérgio situou, com muita clareza, o que foi o Modernismo e mostrou as influências que os grupos de teatro sofreram a partir desse movimento.
Raul Teixeira, coordenador do curso de Sonoplastia, comentou a importância da discussão: “Sérgio é antenado com tudo, aborda o assunto de forma que sai das categorizações que os livros colocam, para discutir o que tem por trás do que está sendo debatido. Os alunos estão conseguindo estudar criticamente os períodos e, quando forem para o teatro, terão um novo olhar, saberão o que significa e poderão constituir uma visão crítica, que é nosso maior objetivo”.
Ao final da aula, os aprendizes ficaram com gostinho de “quero mais” e o dramaturgo já foi convidado para retornar à Escola e continuar a dividir seu conhecimento. “Quero gerar um pensamento histórico. Contextualizar, historicamente, a estética”, conclui Sérgio.
Já a segunda palestra, que ocorreu no período da tarde, das 14h30 às 18h30, trouxe o compositor, arranjador e produtor musical Duda Queiróz, para falar sobre “Trilhas Sonoras”, mas apenas aos alunos de Sonoplastia.
Na sala, todos sentaram em roda e Duda ficou ao centro, perguntando para os aprendizes suas opiniões sobre as mais diversas formas de Sonoplastia e, a cada resposta, lembrava de uma boa história para contar. “Se você pensar em Infância, qual a primeira palavra que lhe vem à cabeça?”. Foi com essa pergunta que o compositor ensinou um exercício de palavras correspondentes, uma técnica de como escolher o melhor som para cada cena.
“O som tem poder de manipular, de fazer a pessoa ‘entrar’ em um filme e viver aquela história. É por meio do som que sentimos medo ou alegria, que temos emoções”, instruiu Duda, mexendo com a imaginação de todos os presentes e trazendo a vontade de “criar já” para dentro da sala.
Texto: Giovanna Offer