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SP Escola de Teatro abre territórios para discussões políticas e de movimentos sociais

Publicado em: 20/05/2016 |

Desde a sua criação, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco estabelece como princípio fundador de seu Projeto Político-Pedagógico a horizontalidade. O conceito está presente tanto nos procedimentos que norteiam o nosso sistema (como o ensino não hierárquico e não cumulativo) quanto na conduta ética que norteia todas as relações profissionais e humanas em nossa instituição. 
 
Atentos ao debate sobre questões de cunho social e artístico suscitado pelos aprendizes nas últimas semanas, nós, da Diretoria Executiva, gostaríamos de reiterar nosso papel de mediadores e estimuladores neste quesito. Como sempre deixamos claro em sala de aula e em nossos portais de comunicação, a nossa Escola, ao invés de se furtar ao debate, como acontece amiúde em outras instituições de ensino, justamente busca o atrito de ideias e o confronto de dialéticas como postura pedagógica axiomática. Nosso posicionamento sempre foi e sempre será promover as discussões de cunho estético, cultural e humano em todas as suas potencialidades, por meio da reflexão racional e consciente dos fenômenos que permeiam a escola e a sociedade. 
 
As recentes discussões sobre feminismo e o papel da mulher que vem tomando conta dos espaços pedagógicos e sociais da escola são profundamente consonantes com os elementos pedagógicos deste semestre. Ao escolher como Material o álbum “A Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares, e como Operador a escritora Chimamanda Adichie, autora da emblemática obra “Sejamos Todos Feministas”, a SP Escola de Teatro planejou justamente o aprofundamento dos estudos sobre as questões de gênero. 
 
Essa pesquisa não se dá apenas em sala de aula, norteada pelas obras das Artistas-Pedagogas do Módulo Azul, Angélica Liddell, cuja obra tematiza o abuso sexual e a misoginia, e do Módulo Verde, Stef Smith, autora que se coloca politicamente como “escritora feminista”, mas também nos territórios de sociabilidade de nossa instituição. 
 
A Diretoria Executiva e a Coordenação Pedagógica preparam os fundamentos de cada Módulo com meses de antecedência, pautadas tanto pelas perspectivas estéticas relevantes para a formação dos aprendizes quanto pela realidade sociocultural cuja interpretação contextualizada é crucial para o desenvolvimento não apenas artístico, mas também cidadão desses aprendizes. Esse modus operandi singular coloca a SP Escola de Teatro na ponta das discussões mais avançadas em voga. Graças ao rico diálogo e a fértil troca de ideias entre aprendizes e profissionais da SP Escola de Teatro, estamos criando novos canais de interlocução, com o objetivo de receber sugestões e críticas sobre procedimentos pedagógicos, artísticos e institucionais instaurados em nossa escola. Eles receberão o nome de Territórios Temáticos e serão gerenciados segundo organograma abaixo:
 
Território sobre as diversas questões referentes ao universo feminino: Elen Londero ([email protected]);
Território sobre as diversas questões relativas ao movimento negro: Bernadeth Alves ([email protected]);
Território sobre questões LGBT: Renata Peron ([email protected]);
Território sobre questões políticas: Hugo Possolo ([email protected]).
 

Todos os aprendizes e funcionários estão convidados a participar com propostas e novas pautas por meio dos e-mails acima dispostos.

O respeito mútuo e a igualdade de tratamento são nossos pressupostos basilares. Eles estão no pão que fazemos e compartilhamos desde o primeiro dia de aula; nos azulejos que comprovam a Escola como propriedade pública dos aprendizes; e em todas as nossas ações artístico-pedagógicas, em que todos têm vozes que se equivalem. 

 

Atenciosamente,

 

Direção Executiva da SP Escola de Teatro — Centro de Formação das Artes do Palco




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