Na quarta edição da Série Minimalista, lançada recentemente pela SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, a peça ilustrada é “Medeia”, de Eurípides (ou Eurípedes).
Escrita em 431 a.C, ano de início da Guerra do Peloponeso, a peça foi encenada pela primeira vez na Dionísias Urbanas daquele ano. A tragédia de Eurípides foi reconhecida, ao longo dos séculos e milênios, como uma obra perturbadora que revela um surpreendente tipo de personagem feminina.
Poucas obras conseguiram fazer um retrato tão profundo das sombrias oscilações emocionais do ser humano. Medeia é uma mulher que carrega dentro de si amor e ódio em grandes proporções e tenta lutar contra as forças que atormentam seu destino.
Expulsa de Iolcos junto de seu marido, Jasão, e os dois filhos do casal, Medeia passa a morar em Corinto. Creonte, rei da cidade, consegue convencer Jasão a se casar com a princesa e expulsa Medeia e seus filhos dali. A feiticeira vai para Atenas, onde recebe abrigo do rei Egeu.
Rejeitando o conformismo que permeava a vida das mulheres da época e com um incontrolável desejo de vingança pulsando em seu coração, utiliza sua astúcia para matar Creonte e sua filha. Depois disso, para vingar-se de Jasão, põe fim à vida dos próprios filhos com suas mãos e foge com a ajuda de seu avô, o deus Hélio.
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