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Roberto Alvim estreia "Levante" e "Engolir a Escuridão" no Club Noir

Publicado em: 18/04/2016 |

por Jeniffer Yasmine* 
 
A tecnologia é cada vez mais acessível a todas as camadas sociais. Mas quais são suas possibilidades, além das que utilizamos no dia a dia? Quando a tecnologia se torna uma inovadora aliada na busca pela tão almejada revolução política? Essas são algumas intrigantes perguntas que o espetáculo “Levante” questiona.
 
 
Com direção de Roberto Alvim e texto de Daniel Graziane, o texto aborda as novas possibilidades de revoluções políticas através dos meios digitais. A peça fica em cartaz de 19 de abril a 11 de maio no Club Noir.
 
Cena de “Levante”
 
“Sem dúvidas é um texto inédito na dramaturgia mundial, abordando questões atuais e por isso de difícil percepção coletiva, e que mesmo estando relacionado às manifestações do ano de 2013, não deixa de fazer uma incorporação a diversas revoluções da história moderna”, afirma Alvim.
 
 
Graziane foi aprendiz de Alvim na SP Escola de Teatro, na primeira turma do Curso Regular de Dramaturgia. Alvim afirma que, desde então, tinha vontade de trabalhar com o ex-aluno.
No elenco, o diretor mesclou artistas com os quais já trabalhou – como Diego Machado, Arthur Rangel e Érika Kou – com novos talentos descobertos recentemente em curso oferecido pelo próprio Club Noir.
 
 
O espaço na rua Augusta também recebe o espetáculo “Engolir a escuridão”, que aborda temas como luto e os meios que encontramos de lidar com perdas. A peça entra em cartaz dia 21 de abril e tem sua temporada até 20 de maio, também com direção de Alvim. 
 
 
A inspiração de Alvim para conceber o texto veio da leitura de “Suíte número 1”, do dramaturgo francês Philippe Minyana. Alvim conta que a obra de Minyana foi seu disparador para refletir sobre alguns temas, sobretudo ligados ao luto, às perdas que sofremos ao longo da vida e à dificuldade que temos em seguir em frente e nos reestabelecermos emocionalmente perante a vida. 
 
Cena de “Engolir a Escuridão”
 
O texto conta a história de um escritor que entra em colapso e não consegue mais escrever após sua casa ser invadida e vandalizada por um grupo de crianças. “A casa é uma metáfora do modo como organizamos nossas vidas; já as crianças são a metáfora da morte e do caos imprevisível que sempre vai surgir quando menos esperamos”, diz o diretor.
 
 
Essa atmosfera crepuscular e delirante é abarcada pela exclusiva trilha sonora composta por Vladimir Safatle especialmente para o espetáculo.
 
 
Serviço
Club Noir. Rua Augusta, 331, Cerqueira César
“Levante” – 3ª e 4ª, 21h, até 11/5. R$ 20.
“Engolir a Escuridão” – 5ª e 6ª, 21h, até 13/5. R$ 20.
 
 
*Jeniffer Yasmine é bolsista de Jornalismo Cultural do Programa Kairós, da SP Escola de Teatro



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