SP Escola de Teatro

Recorte de Experimentações

(Foto: André Stefano)

 

E se sua visão de mundo fosse “direcionada”, de forma a caber em figuras geométricas? Provocação semelhante a essa proposta inusitada foi colocada em prática pelo núcleo 6 do Experimento do Módulo Azul da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, no Território Cultural do dia 24 de março.

 

Em plena Praça Roosevelt, os aprendizes, que compartilhavam com o público suas experimentações cênicas acerca da performatividade, buscaram um humor irreverente. Ocupando boa parte do espaço, os integrantes do núcleo apareciam vestidos em capas de chuva amarelas, calças e botas pretas. Um estava sobre pernas-de-pau e com guarda-chuva, assim como outros dois aprendizes, que encenavam uma épica batalha para “escalar” uma rampa até seu topo e deixar sua marca cravada ali.

 

A atriz e diretora Fernanda D’Umbra acompanhou os experimentos daquele dia e relatou em texto suas impressões: “O núcleo 6 foi subterrâneo! Aquilo foi demais! A parada dos bueiros foi animal. Como puderam ter aquela ideia? Quisera eu ter tido muito antes. Foi bom ver como eles se viraram para construir um espaço cênico num lugar que não é um espaço cênico tradicional. E foi no braço que os caras estabeleceram a ficção numa praça com crianças, pais, skatistas e eu (de novo deliciosamente perdida). O uso da arquitetura da praça foi muito esperto, mostrou uma bela noção de ocupação e possibilidade dramática do espaço. Que bom que não choveu”.

 

A foto escolhida para ilustrar a Click! de hoje, feita por André Stefano, representa a interação estabelecida entre o grupo e o público. Aqueles que assistiam recebiam um pedaço de papelão recortado com várias figuras geométricas e eram convidados a olhar para a cena através desse recorte.

 

 

Texto: Felipe Del

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