SP Escola de Teatro

Parabéns, Juca!

Em 1935, na cidade de São Roque, interior de São Paulo, o casal Antônio e Josefina aguardava um presente que mudaria, além de suas próprias vidas, a história do teatro brasileiro.

 

Hoje, 77 anos depois, é o dia de comemorar o aniversário do ator e dramaturgo José Juca de Oliveira Santos, o Juca de Oliveira. O artista iniciou sua trajetória artística após abandonar o curso na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e se matricular na Escola de Arte Dramática, no final dos anos 1950.

 

Para Lucia Camargo, coordenadora de Extensão Cultural da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, Juca de Oliveira “é um grande artista e um enorme ser humano”. 

 

“A Semente”, “As Almas Mortas”, “A Escada” e “A Morte do Caixeiro Viajante” são apenas alguns dos espetáculos dos quais ele participou. O reconhecimento veio em 1972, com o sucesso de “Um Edifício Chamado 200”, encenado por José Renato

 

Juca ainda escreveu algumas peças, entre elas “Motel Paradiso” “Qualquer Gato Vira-Lata Tem uma Vida Sexual Mais Sadia que a Nossa” e a premiada “Meno Male”, montagem que o ator, dramaturgo e diretor executivo da SP Escola de Teatro, Ivam Cabral, contextualiza. “Num momento em que a dramaturgia brasileira não encontrava eco – anos oitenta, início dos noventa –, em que grandes encenadores decretaram a morte do autor teatral, Juca estava no auge de seu processo criativo e concebeu ‘Meno Male’, um dos melhores textos do período.”

 

Fora dos palcos, atuou em novelas como “As Pupilas do Senhor Reitor” (1995), transmitida pelo SBT, “Torre de Babel” (1998) e “O Clone” (2001), ambas veiculadas pela Rede Globo, e em algumas minisséries, entre elas “Parabéns pra Você” (1983), “Mad Maria” (2005) e “Queridos Amigos” (2008). 

 

A peça “Happy Hour”, de 2009, e a novela “Araguaia”, de 2011, na TV Globo, são alguns de seus trabalhos mais recentes.

 

“Além do fabuloso ator que todos conhecem, Juca é um grande pensador do teatro brasileiro. Talvez seja um dos dramaturgos que mais tem se preocupado com a história recente do País. Consegue, ao mesmo tempo que diverte, provocar nas pessoas reflexões contundentes”, finaliza Ivam.

 

Para saber mais sobre os trabalhos de Juca de Oliveira, acesse a Teatropédia.

 

 

Texto: Leandro Nunes

Sair da versão mobile