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O Preço de um Sonho

Publicado em: 11/07/2011 |

Há quem considere loucura abandonar um emprego estável, em que se ganha bem, para dedicar-se àquilo que mais se gosta de fazer. E talvez realmente seja. Mas também pode ser gratificante. Basta perguntar para William Renato Alves, aprendiz de Técnicas de Palco do Módulo Verde da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.

 

Essa história começa em São José dos Campos, cidade do interior de São Paulo, mais exatamente no bairro Chácaras Reunidas. Alves veio de uma família simples e diz lembrar até hoje das peripécias e dificuldades que fizeram parte desse período.

 

“Meu pai trabalhava de domingo a domingo e minha mãe se dedicava ao tratamento do meu irmão, então, quem cuidava de mim era minha irmã mais velha. Gostava de correr na rua de terra, andar de bicicleta, soltar pipa, subir em árvores. Aos 12 anos, já comecei a trabalhar”, recorda Alves.

 

Segundo o aprendiz, o primeiro contato com o teatro, porém, aconteceu apenas aos 22 anos. Para amenizar sua timidez, começou a cursar atuação, e, neste processo, não havia ninguém que cuidasse da parte técnica. Foi quando passou a se interessar por essa área.

 

Na época, Alves já completava 12 anos na indústria de transformação de matéria, onde gostava de trabalhar e tinha um bom salário. Mas os palcos o chamavam. Então, largou tudo para se dedicar à carreira de técnico, no início trabalhando por conta própria. 

 

À procura de qualificação, o aprendiz não conseguia encontrar nada no Vale do Paraíba – região em que São José dos Campos está inserida. Após uma montagem, um amigo recomendou a SP Escola de Teatro. “Achei o site e me interessei. Fiz o cadastro e, depois de um tempo, recebi um e-mail com as vagas remanescentes, então, decidi fazer a inscrição. Estava sem esperança. Mas, quando passei na primeira etapa, fiz a segunda acreditando que poderia dar certo, e deu.”

 

Mais uma vez, Alves partia do zero para alcançar um objetivo. “Estava envolvido com projeto e execução de elétrica e montagem/luz cênica, onde estava obtendo reconhecimento, e novamente parei tudo, dispensei serviços, para mudar para São Paulo.”

 

Na Escola, o aprendiz alega receber uma carga de conhecimento muito valiosa para sua formação. “É uma enxurrada de informações, que exige de mim a capacidade de absolver o máximo possível. Mesclando teoria com pratica, o que eu particularmente acho muito bom, o curso é consagrado com sete aulas do Raul Belém.”

 

Hoje, depois de tanto esforço, Alves consegue conquistar pouco a pouco seu espaço no campo tão almejado. “Continuo meu trabalho de montagem e luz com a mesma companhia da qual faço parte há dois anos, agora, logicamente, com um trabalho mais refinado. Hoje, posso dizer que faço o que sempre quis”, finaliza.

 

 

Veja a história de outros aprendizes que vieram de longe pelo amor ao teatro:

 

Cris Oliveira – https://spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=1062

Benedito Ferreira – https://spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=1072

Durval Mantovaninni – https://spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=1076

Mariana Batista – https://spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=1081