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O livro do mês | “Ninguém se livra de seus fantasmas”

Publicado em: 01/04/2014 |

Todo início de mês, o portal da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco traz uma indicação literária de Maurício Paroni de Castro, diretor e dramaturgo, que também coordena o espaço de discussão informal chamado de Chá e Cadernos, realizado sempre na última sexta-feira do mês, na Sede Roosevelt da Instituição. 

 

Assim, o livro do mês de abril, segundo Paroni, é “Ninguém se livra de seus fantasmas”, livro autobiográfico da atriz, diretora e produtora Nydia Licia (Ed. Perspectiva). A obra está disponível na biblioteca da Escola.

 

“Para conhecer a história recente do teatro brasileiro, destaco a autobiografia exemplar dessa mulher, artista no palco e fora dele.  Hoje pedagoga, é um tesouro vivo de nosso percurso teatral. Biografia e geografia: chegou ao Brasil vinda da cosmopolita Trieste, ex-porto do desaparecido império austro-húngaro. Foi atriz e codiretora da companhia própria de Sergio Cardoso. Não poderemos jamais ter consciência de nossa geração atual sem saber o que foi o nosso passado recente. Uma leitura emocionante e inspiradora!”, comenta Paroni.

 

 

Para se ter uma ideia da leitura:

 

“Era para circular apenas entre familiares e amigos. Vinte cópias encapadas sobre azul. Havia resistência em se expor, em trazer ‘certas coisas’ a público. ‘Detesto livro que fala mal de fulano e sicrano’, avisa Nydia Licia.

 

Os papéis da memória caíram nas mãos do crítico Sábato Magaldi e do editor Jacó Guinsburg. Impressão compartilhada pelos demais privilegiados, eles logo se empenharam em convencê-la a publicar a autobiografia pelo testemunho histórico do teatro paulista conjugado ao viés pessoal.

 

É assim que um projeto escrito ao longo de uma década finalmente vem à luz. Aos 75 anos, a atriz Nydia Licia, que foi casada com Sérgio Cardoso, um mito do teatro brasileiro, lança na próxima segunda-feira, em São Paulo, ‘Ninguém se Livra de Seus Fantasmas’ (ed. Perspectiva).”

 

Valmir Santos, Folha de S.Paulo, 25 de setembro de 2002