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Nem só de Técnicas Vive um Dramaturgo

Publicado em: 02/06/2011 |

Formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Ruy Filho, ao longo de seus 13 anos de carreira, já trabalhou com os mais diversos assuntos relacionados à arte: teatro, dança, performance e música.  

 

O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), em 1998, foi o local de seu primeiro estágio, onde recebeu a missão de desenvolver e produzir atividades educativas. Trabalhou, também, como estagiário na Galeria Paço das Artes, em 1999, e, no ano seguinte, no Museu Padre Anchieta.

 

No teatro, destaca-se o trabalho de direção artística e roteiro para a peça “Pretexto para Catarse”, em 1996. O artista foi, também, dramaturgo do espetáculo “O Quarto de Tempo” (2004), do Grupo Carranca, e diretor das peças: “Um Chão Feito de Mar” (2005), de Patrícia Mães; “Um Chá” (2007) e “O Rosto da Vizinha da Cama Indiscreta” (2008), ambas de Priscila Nicolielo.    

 

Para Ruy Filho, os encontros com culturas diferentes sempre trazem boas percepções sobre o fazer teatral e, assim, tenta absorver aspectos interessantes que descobre em outros trabalhos para, depois, utilizá-los no seu de forma subjetiva.

 

Ao falar sobre os alicerces que sustentam um bom curso de Dramaturgia, o formador convidado da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco disse que foge, radicalmente, de qualquer ortodoxia quando ministra algum curso. Comenta, ainda, que o comum é oferecer aos ouvintes informações sobre a história do teatro e técnicas; contudo, ele desconfia do tecnicismo imposto. “Não acredito que um bom dramaturgo possa ser revelado sem que haja um bom artista por trás da escrita”, conclui. 

 

*Foto: Patricia Cividanes