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“Natura Sonoris” Encerra Encontro de Aprendizes com a Cia. Open Lab Company

Publicado em: 27/04/2011 |

Direto da Itália, a Cia. Open Lab Company chegou a São Paulo para apresentar dois espetáculos multimídia-tecnológicos durante a Mostra Italiana de Teatro de Rua. Aproveitando essa oportunidade, a equipe da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco agitou um encontro dos integrantes dessa Cia. formada por Ruzzo e pela performer Laura Colombo, com os aprendizes.

 

Assim, na terça-feira (19/04) os estudantes da Escola participaram de uma masterclass sobre a cenografia virtual e as aplicações de sistema multimídia nas artes cênicas com Luca Ruzza, co-fundador da companhia, arquiteto e cenógrafo. E, na segunda-feira (25/04), foram convidados para assistir uma sessão do espetáculo “Natura Sonoris”.

 

Interpretado por Laura Colombo e com música assinada pelos artistas Claudio Monteverdi, Kronos Quartet e Krzysztof Penderecki, “Natura Sonoris” explora a complexidade da relação entre o corpo e a luz. O espetáculo, que se passa em um palco vazio e escuro, é criado conforme a música e a pintura luminosa desenhada em tempo real em torno do corpo da performer. Sem falas, a cenografia e a luz substituem o texto, fazendo com que o abstrato e figurativo confundam o olhar do espectador, abalando a fronteira entre o corpo humano e a paisagem.

 

Conhecida por apresentar espetáculos como este, que transformam os espaços cênicos, convencionais ou não, em uma verdadeira experiência artística e multimídia, A Cia. Open Lab está presente na cena do teatro internacional com performances e instalações que utilizam uma linguagem em que a ausência da palavra, aliada à composição e elaboração do movimento, traz formas à escritura cênica, ancorada, ainda, em equipamentos de alta tecnologia.

 

Durante a Mostra Italiana de Teatro de Rua, evento que integra a programação da primeira década de trajetória do Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo (CCBB/SP), a Cia. Open Lab ainda realizou a apresentação de “Lucigraphie”, espetáculo multimídia que também se utiliza da potencialidade do escuro, Usando uma linguagem que viaja entre a instalação e a pintura luminosa em escala urbana, onde a visão real é constantemente desestabilizada pela ilusão de ótica. 

 

Angélica Reis dos Santos Andrade, aprendiz de Cenografia e Figurino, participou da masterclass, viu “Lucigraphie” e também assistiu a “Natura Sonoris”. Para ela, o contato com o teatro realizado pela Open Lab é intrigante. “Quando assisti, muitas ideias brotaram na minha cabeça. Mal consegui me desconectar desse impacto”, conclui.