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Marcio Aquiles lança livro de poemas ‘O Eclipse da Melancolia’ nesta quarta (25)

Publicado em: 24/04/2018 |

Escritor, crítico de teatro e coordenador de projetos internacionais da SP Escola de Teatro, Marcio Aquiles lança, nesta quarta (25), seu novo livro de poemas, “O Eclipse da Melancolia” (Editora Patuá). O evento de lançamento acontece na livraria e café Patuscada, na Vila Madalena, a partir das 19h, com entrada gratuita.

“O Eclipse da Melancolia” percorre, por meio de 79 poemas, desde a criação do universo a reflexões sobre ciência e arte. Outros temas abordados incluem o desenvolvimento dos seres vivos e poemas sobre a natureza do pensamento. Na ocasião, o livro, que já pode ser comprado online,  estará à venda por R$ 38.

Marcio Aquiles é pesquisador nas áreas de literatura, teatro e cinema. Também é membro da Associação Internacional de Críticos de Teatro (AICT-IATC) e da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Entre seus livros estão “O Amor e Outras Figuras de Linguagem” e “O Esteticismo Niilista do Número Imaginário”.

Confira três poemas retirados de “O Eclipse da Melancolia”, publicados no caderno Ilustríssima do jornal Folha de S. Paulo no último domingo (22).


criaturas aquáticas

navegam pelas águas submersas
cobertas de espessas camadas em fuga
do eclipse marinho azul-celeste
as atraentes criaturas aquáticas

linfas dançam na hidrosfera
do anidro rente à falésia
enquanto moças de regata
cortam o horizonte selvagem

mas o que ninguém sabe
velada no arrife serpejante
repousa a ninfa flutígena

desnuda e reativa às hidrografias
dos moços terrestres insensíveis
à sua simpática melopeia

criaturas terrestres

o réptil cava na areia
em busca do inseto sibilante
que nas horas vagas
toma sol junto ao fariseu

torpes cactos ativos
na mente dos aventureiros
de pedra e cal hirto
presos na cavidade óssea

ao triturar a consciência
entristecem o entardecer
das criaturas terrestres

o lastro escondido sob panos
é o coração quente de afeto
que bate pela miragem salgada

criaturas aéreas

suba atmosfera ilustre
eleve-me aos hálitos de ozônio
onde a cosmonauta de sorriso
velado me espera em nave

com ferramentas isobáricas
e um aneroide magnético
feitos para apaziguar
o suplício de Tântalo

a esplendecência do vácuo
oculta o impulso que gravita
a órbita do sol intermitente

dispersam-se em devaneios
e sonhos metafóricos
duas criaturas aéreas

 




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