SP Escola de Teatro

Marcello Amalfi escreve sobre Phedra D. Córdoba

Eu tenho um jeito de compor trilhas muito próprio: coloco o filme para rodar e vou tocando/criando diretamente sobre ele, logo na primeira vez que assisto as cenas. Isso me deixa mais perto do ator, e proporciona um compartilhamento muito íntimo.

 

É como receber permissão para adentrar sua alma, ao mesmo tempo em que nos deixamos invadir por ela. É o se permitir ser tocado, sem jamais impor, e transformar tal comunhão em sons que mostram para o mundo a beleza desse encontro.

 

Eu sempre me senti honrado ao compor para Phedra. Pode-se pensar que criar música para suas as cenas é ter a difícil tarefa de eleger o que vai dar o norte da trilha, dentre tantas maravilhas que ela nos presenteia. Pois não o é! Eu sempre falo que “a música já está nas cenas, e que na verdade eu apenas faço o meu singelo garimpo”.

 

Para mim, compor para Phedra sempre foi como garimpar num rio feito de diamantes, que reluz lindamente, iluminando cada nota que sai do meu piano e do meu coração.

 

Maestro Marcello Amalfi

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