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Especialistas falam aos aprendizes

Publicado em: 29/08/2013 |

Na tarde de hoje (29), aprendizes dos cursos de Dramaturgia e Iluminação da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco participaram de palestras com feras das respectivas áreas de texto e luz, o jornalista e crítico de cinema Christian Petermann e a diretora e iluminadora Cibele Forjaz.

No 4º andar da Sede Roosevelt, Petermann abordou os discursos narrativos no cinema, enfocando, principalmente, as obras de Rogério Sganzerla, Jean-Luc Godard, Peter Greenaway, Derek Jarman e Orson Welles. “Para mim, Sganzerla é um libertário da estética, da moral e da narrativa”, disse Petermann, que emendou, antes de passar às projeções de trechos das obras cinematográficas selecionadas por ele: “Estamos vivendo um retorno, tanto esteticamente como de ideais, para os anos 1960”.

Simultaneamente, no 8º andar da Instituição, Cibele Forjaz procurava pavimentar o terreno de sua palestra, cujo objetivo era percorrer o caminho da própria história da iluminação cênica, que passou de mero efeito especial para uma linguagem propriamente dita. “Antes, a luz servia apenas para iluminar ou como efeito especial, geralmente ligado a algo divino, como a aparição de deuses em certas encenações. Atualmente, a luz criou uma linguagem própria, que colabora na produção da escrita da cena, indo muito além do que é esteticamente bonito ou não”, observou Cibele.

O ciclo de palestras com especialistas das mais diversas artes do palco, voltadas exclusivamente para os aprendizes do módulo Amarelo da Escola, prossegue nesta sexta-feira (30), às 14h30, com o músico, compositor e diretor musical de teatro Gustavo Kurlat. No sábado (31), às 10h, a atriz e diretora Denise Weinberg fala sobre “Quem é o atuante de hoje? O que ele deve ser/ter?”. Ao módulo Vermelho, o professor e antropólogo Cassiano Sydow Quilici, profundo pesquisador do trabalho de Antonin Artaud, falará sobre o diretor francês, a partir das 9h. Todas as palestras acontecem na Sede Roosevelt da Instituição.
 
 

Texto: Esther Chaya Levenstein