Na última segunda-feira, 14, a diretora, encenadora e atriz Bia Lessa divulgou em suas redes sociais uma ótima oportunidade para atores e bailarinos maiores de 18 anos! Até esta quinta-feira, 17 de fevereiro, estão abertas as inscrições para participar de performances durante a exposição Cartas ao Mundo, que acontecerá no Sesc Avenida Paulista, com direção da artista.
Atores e bailarinos interessados devem enviar seus dados, um pequeno currículo com no máximo 10 linhas, um vídeo de apresentação e comprovante de vacinação para o e-mail: cartasaomundoaudição@gmail.com.
No dia 19 será enviado aos pré-selecionados uma correspondência informando o horário da audição que acontecerá no dia 22 de fevereiro.
Na descrição da vaga, consta que serão procurados artistas que demonstrem dedicação, rigor e disponibilidade pelo período de 3 meses a contar do dia da audição; resistência corporal e noções de espaço; aptidão para trabalhar em grupo; pontualidade e disponibilidade de 3 horas por dia de terça à sexta e 8 horas nos finais de semana para as apresentações.
Criado em parceria com nomes como Ailton Krenak, Flora Süssekind e Guilherme Wisnik, ‘Cartas ao mundo’ também é uma série audiovisual dirigida pela artista, que aborda a crise social e ambiental da atualidade “é um grito, um manifesto”, como ela própria diz. O cenário da história é a cidade de São Paulo e o projeto está disponível no Globoplay, Canal Curta!, sites do Sesc São Paulo, da Pinacoteca de São Paulo e do Instituto Inhotim.
Beatriz Ferreira Lessa é uma das artistas expoentes da cena contemporânea, destacada diretora paulista, ela encabeçou o teatro de imagens dos anos 1980. Estreou como atriz na peça de Maria Clara Machado Maroquinhas Fru-Fru, com direção de Wolf Maya. Montou o núcleo de teatro de rua político Carranca ao lado de Gilda Guilhon e Daniel Dantas, que foi responsável pela adaptação de Senhor Puntilla e Seu Criado Matti, de Bertolt Brecht. Trabalhou por dois anos com Antunes Filho, tendo atuado na montagem Nelson Rodrigues – O Eterno Retorno, em 1981, e sua primeira direção foi em 1893 com a adaptação de A Terra dos Meninos Pelados, de Graciliano Ramos.
No teatro, já adaptou a obra de Virgínia Wolf, Orlando, para o teatro, tendo como protagonista Fernanda Torres. Nos anos 1990 entrou também para o mundo do cinema e, artista plural, realizou ainda curadorias e cenografias para eventos de artes plásticas e decoração. Em 1997, dirigiu junto com Dany Roland o filme ‘Çrede-mi, baseado em uma obra de Thomas Mann.
Em 1999 realizou a exposição Brasileiro Que nem eu . Que nem quem? na FAAP em São Paulo, e em seguida foi a artista convidada para criar o Pavilhão do Brasil na EXPO 2000 em Hannover (Exposição Universal), que se tornou o terceiro pavilhão mais visitado de toda a exposição. Em paralelo, fez no prédio da Bienal de São Paulo, o Módulo Barroco da Mostra do Redescobrimento do Brasil, também realizou a Exposição Grande Sertão Veredas, a partir do livro de Guimarães Rosa para a inauguração do Museu da Língua Portuguesa, entre muitas outras.
Bia Lessa também já trabalhou com música, tendo dirigido os espetáculos Brasileirinho; Tempo, tempo, tempo; Dentro do Mar tem Rio e Festa; Amor e Devoção de Maria Bethânia. Além de shows de Gal Costa, Ana Carolina, Margareth Menezes, Vanessa da Matta e eventos de destaque como a criação do Back to Black, Prêmio do Cinema Brasileiro, Movimento Afro-Pop na Bahia, Prêmio da Ordem do Mérito Cultural.