SP Escola de Teatro

Conexão Brasil-Dinamarca

O teatro está vivo? “Ele morre a cada encenação e renasce a todo terceiro sinal”, diz o diretor e dramaturgo Luiz Valcazaras. A partir dessa resposta, pode-se tentar imaginar se o mundo também pensa assim. Entre tantos continentes que produzem e “importam” teatro, quantos deles pensam da mesma forma?

 

Direto da Europa, região que abriga reconhecidas – e antigas – companhias teatrais, um produtor cultural dinamarquês prova que o teatro está mais vivo do que nunca. Neils Andersen, acompanhado de sua tradutora, e também produtora, Bebe de Soares, veio ao Brasil visitar alguns dos grandes espaços teatrais paulistanos, e a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco fez parte desse trajeto.





Da esquerda para a direita: Ivam Cabral, Lúcia Camargo, Bebe de Soares e Neils Andersen (Foto: Felipe Del)

 

A coordenadora dos cursos de Difusão Cultural da SP Escola de Teatro, Lúcia Camargo, que já trabalhou com Bebe, em Curitiba, fez o primeiro contato para que a visita se efetivasse. A produtora diz que ficou impressionada com a qualidade do corpo docente, composto por muitos profissionais que ela já conhecia e sabia do “excelente trabalho” que desenvolvem. Na chegada, Andersen diz que achou “muito interessante” a proposta da Escola.

 

Em busca de parcerias teatrais, Bebe acompanha a comitiva dinamarquesa que vem ao Brasil para mostrar a qualidade e o comprometimento que a Dinamarca tem com o teatro. “Em 1970, aproximadamente, o país teve um salto de qualidade teatral, devido ao seu alto investimento. Hoje, as produções dinamarquesas são referência no mundo todo”, explica a produtora.

 

Nesta passagem pela SP Escola de Teatro, Andersen fala sobre o Danish+, um festival bienal de teatro infanto-juvenil que, em maio de 2012, faz sua terceira edição. “O evento é grande e leva pessoas de todos os cantos do mundo para a Dinamarca. Para se ter uma ideia, no ano passado, 18 peças foram apresentadas em apenas dois dias.” Bebe completa informando que as apresentações são feitas em inglês, pois o festival viaja em turnê por diversos países.

 

O diretor executivo da Instituição, Ivam Cabral, deu as boas-vindas aos produtores e se mostrou receptivo a possíveis parcerias. “É muito importante um intercâmbio dessa classe. A troca de conhecimentos que ocorre nessas relações é sempre muito rica e válida para a formação dos aprendizes”.

 

Para saber mais sobre o festival dinamarquês, clique aqui.

 

 

Texto: Jéssika Lopes

Sair da versão mobile