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Clima de Despedida nos Cursos de Extensão

Publicado em: 10/05/2013 |

Depois de semanas de aulas, alguns cursos do departamento de Extensão Cultural da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco encerraram suas atividades. A turma de “Disco Aula: Uma História da Discotecagem – Música, Beats, Festas e Política”, orientado pelo DJ e pesquisador Eugênio Lima, resolveu, literalmente, celebrar o fim das aulas. Assim, armaram uma festa no Espaço do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, em Perdizes, na tarde do último sábado (4). Ao som de muita música boa, o grupo dançou e pôde colocar em prática tudo o que aprendeu na Escola.
 
O curso “Fenomenologia da Dramaturgia Contemporânea”, orientado pelo autor, diretor e pensador de teatro mexicano Alberto Villarreal, também chegou ao fim na noite de ontem (9). As aulas tinham como objetivo propor um marco do pensamento contemporâneo e uma série de estratégias práticas sobre as possibilidades da dramaturgia, que possam incidir diretamente em seu trabalho e sua poética pessoal.
 
No encerramento do curso, o orientador deu continuidade aos estudos, voltando bastante os olhos para a dramaturgia na América do Sul. “Procuramos não pensar na dramaturgia como objeto, ou como procedimento estético, mas sim como fenômeno que se relaciona com outros vários fenômenos, como a sociedade, a estética, o pensamento. Também propunha desenvolver as poéticas pessoais que cada dramaturgo tem sobre seu trabalho”, disse Villareal.
 
E a dupla Marcia Abujamra e Luah Guimarãez orientadoras, respectivamente, dos cursos “Interpretação” e “Direção”, resolveram unir suas turmas durante as aulas e, claro, ao final, também compartilharam as experiências. Assim, juntas, na noite de ontem (9), elas e os alunos analisaram as cenas montadas durante a trajetória na Escola, inspiradas nos textos “A Refeição”, de Newton Moreno, e “Carícias”, de Sergi Belbel. 
 
Não derradeiro encontro, o aluno Véver Bertucci, aprendiz que cumpriu os quatro módulos do curso de Atuação na Escola, apresentou sua cena: a de um pai gourmet, que está fazendo um jantar para receber a filha, ausente há três meses, em virtude de uma viagem. Ele é apaixonado por culinária; ela chega e se depara com ele fazendo uma salada e linguado, pratos que ela detesta. A partir daí, tentam travar um diálogo, mas fica nítida a distância que há entre ambos. “Gostei muito do curso. Acho que foi bem propositivo, embora o tempo tenha sido curto para as experimentações”, disse Bertucci.
 
 

 

 

Texto: Felipe Del e Majô Levenstein