EN | ES

Cidade Como Dramaturgia | Grupo de Pesquisas do Teatro da Vertigem

Publicado em: 04/04/2011 |

Com o desejo de criar reflexões acerca da relação do teatro com a cidade, o Teatro da Vertigem, em parceria com o Núcleo de Pesquisa sobre Processos de Criação Artística (AQIS), organizou o grupo “A Cidade como Dramaturgia”, com coordenação de André Carreira e Antonio Araújo.

 

A ideia é gerar um grupo de interessados sobre o assunto, sem restrições, para que esse espaço passe a ser um local para compartilhar inquietações, conceitos e leituras. “Todos que tenham interesse em pensar o teatro contemporâneo e como ele se articula, podem participar”, afirma André Carreira.

 

Conheça as personagens dessa história

 

AQIS
O ÁQIS aborda os processos de organização e criação artística, estudando desde procedimentos técnicos até as estruturas de funcionamento de agrupações de artistas.

 

No contexto de uma abordagem interdisciplinar, o grupo estuda os fenômenos relacionados com o campo da teatralidade e das linguagens das artes visuais, no entanto, o estudo do fenômeno do teatro de grupo tem constituído seu eixo de trabalho. A organização de um mapa do teatro de grupo no Brasil é hoje um projeto central do AQIS. Os projetos de pesquisa buscam relacionar experiências práticas e estudos teóricos tanto no campo do teatro como das artes visuais.

 

André Carreira
André Carreira é formado em Educação Artística pela Universidade de Brasília (UnB) e Doutor em Teatro pela Universidad de Buenos Aires (UBA), na Argentina. Atualmente, integra o corpo docente da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e é diretor do centro de artes do Departamento de Artes Cênicas da mesma universidade.

 

Em sua trajetória no teatro, dirigiu inúmeros espetáculos como “Women´s”, “As Saborosas Aventuras de Dom Quixote de La Mancha e seu Escudeiro Sancho Pança”; “Circus Negro”; “Das Sobras de Tudo que Chamam Lar”; “Gran Circo Máximo”; “Cenas de um Casamento”; “O Líquido Tátil”; “A Casa Tomada”; “Luiza”; Sonho de uma Noite de Verão”; “Precipícios”; “A Tempestade”; “Romeu e Julieta”; “O Homem de Cristal”; “A Tragédia de Hamlet”; “Álbum Sistemático da Infância”; “A Destruição de Numância”; “Yetemá o Espaço dos Sonhos”; “La Persecución”.

 

Como pesquisador, investiga os temas ator e identidade cultural, formação do ator e espaços não convencionais, produção teatral e cultura regional e teatro, identidade e sociedade.

 

Teatro da Vertigem
O Teatro da Vertigem emprega forte eixo investigativo e prima pela busca de um teatro construído de forma coletiva e democrática entre atores, dramaturgo e encenador. A pesquisa sobre os processos de interferência na percepção do espectador também é um elemento utilizado no percurso da companhia que se aproveita de espaços não convencionais da cidade para a criação de espetáculos com base no depoimento pessoal da comunidade, o que impulsiona o trabalho do grupo e mantém seu repertório sempre ativo.

 

Antônio Araújo
Antônio Araújo é diretor e fundador do Teatro da Vertigem, Bacharel em Artes Cênicas (1990), Mestre em Teatro (2002) e Doutor em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), em 2008. Recebeu, no ano de 1996, a bolsa de estudos Fellowship of the Americas, concedida pelo The John F. Kennedy Center for the Performing Arts em Washington, EUA. Também realizou, a convite do British Council, um programa de residência artística junto ao Royal Court Theater, em Londres (1998).

 

Seus trabalhos de direção incluem “Aoi”, “Oberosterreich”, “Hiperbórea” e “Clitemnestra” (este último com Marilena Ansaldi). No Teatro da Vertigem, grupo que criou em 1992, dirigiu “O Paraíso Perdido”, na Igreja Santa Ifigênia, “O Livro de Jó”, no Hospital Umberto Primo, e “Apocalipse 1,11”, no Presídio do Hipódromo, configurando, assim, sua “Trilogia Bíblica”. Tais peças representam o Brasil em vários festivais internacionais na Colômbia, Venezuela, Portugal, Alemanha, Dinamarca, Rússia e Polônia. Dirigiu também o espetáculo “BR-3”, apresentado num trecho do Rio Tietê, em São Paulo e, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e a ópera “Dido e Enéas”, de H. Purcell, em produção do Teatro Municipal de São Paulo.

 

Serviço:
“A Cidade como Dramaturgia”
Encontros: Todas as quintas-feiras, das 19h às 21h
Local: Teatro da Vertigem | Rua 13 de Maio, 240 – Bela Vista
Informações: (11) 3255-2713
www.teatrodavertigem.org.br | www.aqis.ceart.udesc.br
Gratuito