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Brasil Recebe a Triga de Ouro na Quadrienal de Praga

Publicado em: 21/06/2011 |

O Brasil acaba de receber a Triga de Ouro, prêmio máximo da Quadrienal de Praga, concedido a um país por todo o conjunto de sua participação. Os vencedores foram anunciados no National Theatre’s New Stage, ontem (20/06). Maior evento de cenografia do mundo, a Quadrienal é composta por diversas exposições temáticas e o Brasil participou de quatro delas.

 

Apresentar a cenografia como uma arte provocativa que “estabelece uma fronteira pulsante entre as linguagens”, além de oferecer um refúgio seguro para personagens teatrais e ideias, foi o objetivo dos trabalhos desenvolvidos e apresentados por brasileiros durante o evento.
 

Os brasileiros também levaram para casa o prêmio de Melhor Realização de uma Produção, pelo espetáculo “BR-3”, do Teatro da Vertigem que, dirigida por Antonio Araújo, foi considerada a melhor produção teatral do mundo inteiro dos últimos cinco anos, por sua inovação no uso do espaço da cidade como espaço cênico. A peça participou da Mostra Nacional — Lugares, da Quadrienal.
 

“É a segunda vez que o Brasil é premiado como a melhor representação. A primeira foi em 1995. Parabéns à equipe brasileira pela brilhante conquista! Estou muito feliz!”, revela Guilherme Bonfanti, coordenador do curso de Iluminação da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco e integrante do Teatro da Vertigem desde sua formação.

 

O projeto BR-3 compreendeu um percurso geográfico por três diferentes “Brasis”: Brasilândia, bairro da periferia da cidade de São Paulo; Brasília, capital da nação, situada no centro do País; e Brasiléia, cidade localizada no extremo do Acre, quase na fronteira com a Bolívia. O grupo ocupou 4,5 quilômetros do Rio Tietê, em São Paulo, para a encenação do espetáculo batizado com o mesmo nome do projeto.

 

Além do trabalho do Teatro da Vertigem, a Quadrienal, dividida em várias sub-curadorias, inseriu na Seção Nacional, considerada a principal delas, outros projetos experimentais de grande relevância no Brasil como os do Teatro Oficina, Caixa de Imagens e Grupo XIX. Os outros prêmios ficaram para a Croácia, Letônia, Hungria, Nova Zelândia, México, Grécia, Reino Unido e Noruega.

 

Com trabalhos desenvolvidos sob a orientação de J.C. Serroni, coordenador do curso de Cenografia e Figurino e Técnicas e Palco da SP Escola de Teatro, e dos formadores que compõem o corpo docente da Instituição, os aprendizes apresentaram três maquetes e cinco pranchas de figurinos na seção Mostra das Escolas, que tem o intuito de identificar concepções nas quais o aluno elabore suas criações cênicas em espaços alternativos, rompendo com formatos tradicionais.

 

Veja as fotos de outras aventuras dos aprendizes em Praga e acesse o blog.

Fotos: Ivam Cabral