SP Escola de Teatro

Bastidores do Municipal

Um dos mais conceituados cenotécnicos da cena teatral, Aníbal Marques, conhecido como Pelé, que há três décadas, trabalha no Teatro Municipal, ministra para o Curso de Técnicas de Palco da SP Escola de Teatro, aulas da disciplina Tipos de Cenografia e Técnicas de Construção.
                                                      

As aulas são realizadas no próprio Municipal, tem o acompanhando da formadora e aderecista Viviane Ramos e já chegaram a sua etapa final. Nesta quinta (25), foi realizada a penúltima aula e o cenotécnico levou os aprendizes literalmente às alturas para entender cada detalhe do cenário, dos urdimentos e das vestimentas da caixa cênica italiana.

Nas duas primeiras aulas da disciplina, Pelé falou sobre o trabalho do diretor de cena e da forte carga de emoção que o espaço teatral carrega. Além disso, fez uma aula de campo no Centro Técnico de Teatro Municipal, onde conheceram o trabalho do marceneiro, da costureira e de todos aqueles que produzem adereços de cena.

 

O momento mais marcante foi o primeiro contato com a caixa cênica italiana, estrutura capaz de abrigar teatro, dança, ópera e música, dotada de inúmeros equipamentos e com alternativa para fosso de orquestra. Para isso, a turma de Técnicas de Palco subiu metros e metros de escadas, entre fachos de luz e poeira, admirados com as seculares varandas e vestimentas de palco do Municipal de São Paulo.

 

Ao chegarem à ponte que atravessa o palco do teatro, no alto de seus 20 e poucos metros, um misto de emoções tomou conta dos presentes. De três em três, os aprendizes atravessaram a ponte para chegar até a varanda de manobra onde, empolgados com tanta informação, até esqueceram que estavam a mais de a metros do chão e posaram para a foto.

 

Entre milhares de metros de cortinas, já no palco do Municipal, enquanto a turma aprendia a afinar a bambolina, Elisete Jeremias e Nani Catta Preta, aprendizes, comentaram como é empolgante ver Pelé explicar seu trabalho com tanta segurança e destreza e afirmaram que com essa aulas aprenderam além da prática, entenderam que o respeito e muito trabalho de equipe são indispensáveis para a dignidade na profissão cênica.

 

No dia 8 de abril, último dia de aula, todos já estarão prontos para serem os dramaturgos, cenógrafos, maquinistas, atores e contra-regras do seu próprio espetáculo, que é também o trabalho final da disciplina.
“Ensaios Técnicos: Cortinas do Tempo” será apresentado entre as bambolinas e traquitanas do Teatro Municipal.

Sair da versão mobile