O grupo 2 do Módulo Azul da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco apresentou um projeto para o Experimento nesta quinta-feira (07/04) no pátio da Escola. Às 11h, funcionários e aprendizes pararam por 30 minutos para acompanhar a performance.
A apresentação girava em torno de uma noiva, representada por Thaís Vidal, aprendiz do curso de Atuação, que, dançava e corria pelo espaço esbanjando leveza e sutileza, enquanto outros aprendizes a pintavam, de acordo com o ritmo da música, com tintas azul, amarela e preta,. Os espectadores que assistiam de perto também foram convidados a interagir e a dar suas pinceladas.
“Apenas tentei explicitar o que havia dentro de mim. Isso é a arte. Senti a tinta, a música e a água, a impressão de ser jogada fora. Tudo isso fez parte de mim naquele momento”, revela Thaís.
Depois de pintada, a noiva deitou-se sobre um pano branco estendido no chão e foi coberta por jatos de água, que a ensoparam e borraram as cores que preenchiam sua roupa e corpo. Para finalizar, foi arrastada pelos pés para fora da cena.
A aprendiz define a apresentação como um workshop para o Experimento. “Não ensaiamos nem fizemos um planejamento, apenas deixamos as coisas rolarem”, explica. Ela diz ainda que o objetivo “era falar justamente sobre a relação entre artista e obra. A questão é desvendar o que faz com que uma obra seja, de certa forma, sacralizada, como é o caso do Van Gogh, que só obteve reconhecimento após ter morrido.”
Depois de encerrada a performance, com um sorriso no rosto, Thaís arremata: “Acredito que estamos no caminho certo. Estamos chegando em um lugar comum, o da loucura, como havíamos proposto”.
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