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Aprendizes em Foco: Sandra Storino, Aprendiz de Direção

Publicado em: 19/07/2010 |

Por Sandra Storino, aprendiz de Direção

 

Conceber, conceituar, construir, indicar, propor, ouvir, argumentar, apaziguar, instigar, provocar, unificar todas as dramaturgias, dentre outros milhares de verbos são partes da minha deliciosa lição de dirigir.

 

Unificar o todo de uma montagem é um desafio enorme capaz de transformar qualquer ser em um lunático. Um desafio tão delicioso que resolvi ir além das pequenas experiências com amigos em Mostras, Festivais Estudantis etc. É preciso estudar direção. Mas onde? Prestar FUVEST aos quase 30 anos, sem chances… Eis que surge um lugar a poucas pedaladas da minha casa, onde a maior intenção é o trabalho em conjunto. Ter todas as áreas por perto, em formação, em discussão, em convergência para um objetivo. Me parece o lugar ideal, onde, desde o principio, fazer parte da construção dessa história, ser “cobaia”, me instigava mais ainda. E aqui estou, fervendo o cérebro com todas as provocações dos formadores, buscando, buscando e buscando.

 

A Escola permite que cada aprendiz descubra, investigue “qual é a sua” e isso torna esse espaço o melhor local para experimentar! Deixar que, através de todos questionamentos, outras perguntas surjam para conscientizar e atingir a maturidade em todos os âmbitos.

 

Tenho um projeto engavetado sobre a Linguagem do Palhaço, exercícios como ferramenta para o ator e estudos do riso que, provavelmente, dará continuidade no projeto pessoal da Escola, o Módulo Laranja – módulo de finalização do curso de Direção. Essa pesquisa se tornou um documentário chamado “Palhaço – O Ser em Transgressão”, vencedor na categoria de melhor direção do Festival de Curtas da Paraíba. A vontade de estudar esse tema novamente faz com que várias vezes eu me dirija às janelas da sala do Curso de Humor para absorver algumas ideias, exercícios e descobertas da prática deles.

 

 

Saiba mais

 

Bacharelada em Rádio e TV e Licenciada em Artes, começa a estudar teatro em 1998 nas Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, onde formou seu primeiro grupo de teatro. Durante intercâmbio cultural, faz parte da montagem de Koen Van Aert, espetáculo baseado em sonhos chamado “Dromen”. Atriz e produtora da extinta Ops! Cia. Teatral, participou do início da pesquisa em Teatro Físico do Teatro da Passagem, trabalhou com a Cia. da Peste e Grupo Ala, dentre outros. Hoje dirige um grupo de jovens, de 12 a 19 anos, integrantes do Projeto Conexões que estreou em 2009, com o espetáculo inédito de Sérgio Roveri, “O Mistério na Sala de Ensaio”. Nesse momento, o grupo já está se preparando para a próxima montagem, outro texto inédito, desta vez da irlandesa Lisa McGee, “Nas Alturas”. Atualmente, tenta descobrir um meio para, ao lado de alguns colegas da turma, construir um espaço  para investigar as próprias inquietações.