SP Escola de Teatro

Aprendiz em Foco | Carolina Defino

A sala estava agitada. Ferramentas espalhadas pelo chão, fios, uma escada e muita gente trabalhando. As conversas variavam entre sotaques. Ora paulistas, ora portugueses e, ainda os dois juntos. No primeiro andar na Sede Roosevelt da SP Escola de Tetro – Centro de Formação das Artes do Palco, aprendizes dos cursos de Sonoplastia, Iluminação e Técnicas de Palco cuidavam dos últimos preparativos para a estreia do grupo português Teatro do Vestido, nesta sexta-feira (22), às 21h. 

 

“Carol, você pode me ajudar?”, perguntou o lusitano Gonçalo Alegria, em um português carregado. “Claro!”, respondeu a moça, sorridente. Carolina Defino nasceu em Ribeirão Preto e é aprendiz de Sonoplastia. No derradeiro ano na Escola, ela já acumula alguns trabalhos. No entanto, antes do teatro, trilhou o caminho das Ciências Aplicadas. Na infância, estudou piano e canto, mas acabou se formando em Economia. Carolina atuou por cinco anos na área até o dia em que decidiu mudar. “Eu trabalhei em banco e consegui estruturar minha vida. Isso foi bom. Mas com o tempo e a rotina me deixaram insatisfeita e decidi voltar a estudar música”, explicou.

 

Navegando à procura de instituições, ela encontrou a SP Escola de Teatro. Na lista de cursos, descobriu Sonoplastia. Inscreveu-se e aceitou o desafio. “Eu já gostava de teatro, mas como espectadora. Nunca pensei em voltar esforços para fazer teatro. Mas a experiência tem sido ótima”, afirmou. 

 

E, no currículo, Carolina tem bons projetos para contar. No ano passado, foi estagiária de Sonoplastia no premiado “Bom Retiro – 958 metros”, do Teatro da Vertigem, e operou o som de “Terra à Vista”, da Cia. de Teatro Hangar de Elefantes”. “O interessante é que os dois trabalhos foram encenados em espaços não-convencionais. E, agora, ocupamos um palco com o Teatro do Vestido”. A vivência com Joana Craveiro, Gonçalo Alegria e Tânia Guerreiro é motivo de risos para Carolina. “Acho que eles imaginam que os brasileiros não entendem o português, por conta do sotaque. Às vezes falam lentamente, para que a gente entenda. Aí fazemos cara de ‘sim’ e eles repetem”, brincou.

 

 Carolina e os outros aprendizes que estão trabalhando na residência do Teatro do Vestido (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

 

Serviço:

Peça: “Calamidade”

Direção: Joana Craveiro. Produção: Joana Vilela. Co-criação e interpretação: Gonçalo Alegria, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro

Quando: Sexta e sábado (dias 22 e 23), às 21h

 

Peça: “Hecatombe”

Direção e dramaturgia: Maurício Paroni de Castro.  Produção: Joana Vilela. Co-criação e interpretação: Gonçalo Alegria, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro

Quando: Terça e quarta-feira (dias 26 e 27), às 21h

 

Peça: “Apocalipse”

Direção e dramaturgia: Maurício Paroni de Castro.  Produção: Joana Vilela. Co-criação e interpretação: Gonçalo Alegria, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro e Aprendizes da SP Escola de Teatro

Quando: Terça e quarta (dias 2 e 3 de abril), às 21h

 

Onde: SP Escola de Teatro – Sede Roosevelt

Praça Roosevelt, 210 – Consolação

Tel. (11) 3775-8600

R$ 10 (aprendizes e formadores da SP Escola de Teatro têm entrada gratuita)

 
 

 

Texto: Leandro Nunes

 

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