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Publicado em: 24/05/2011 |

Durante os últimos 20 anos, Raul Teixeira, coordenador do curso de Sonoplastia da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do palco, assinou as trilhas sonoras do Grupo Macunaíma, do Centro de Pesquisa Teatral (CPT). Em 1996 e 1997, o pessoense coordenou o primeiro curso de Designer Sonoro – Sonoplastia para Teatro, no CPT/Sesc. O coordenador foi responsável, ainda, por implantar recursos audiovisuais em teatros e espaços culturais, como o Teatro do Colégio Santa Cruz, a Pinacoteca, a Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo e os 21 Centros Educacionais Unificados (CEUs), da Prefeitura de São Paulo.

 

Mas Teixeira não trabalha sozinho. Dois outros artistas, Martin Eikmeier e Cintia Campolina, formam, com ele, o trio que responde pela formação de Sonoplastia na Escola.

 

O coordenador do curso explica que o Processo Seletivo dos formadores é realizado em duas fases; na primeira, são selecionados 15 candidatos para a entrevista, após este processo, apenas cinco passam para a segunda fase, tendo, então, que conferir uma aula demonstrativa à banca, que analisa e escolhe o profissional que melhor atende aos requisitos.  

 

Formado em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Eikmeier, natural de Campinas, é diretor musical e compositor da Companhia do Latão. Atua, também, em cinema, tendo realizado, durante sua carreira, uma série de projetos em ficção, documentário e animação. Por falar sobre a música e o som no teatro com uma abordagem clara, com domínio do tema e, principalmente, com muita didática, Teixeira afirma que “Martin é um artista que sabe ouvir e retribuir com muita atenção e conhecimento todas as dúvidas de nossos aprendizes”. 

 

Eikmeier conta que sempre teve a ideia de propor uma rede de debates, onde se discutisse música para teatro. Entretanto, o sonoplasta só conseguiu materializar essa vontade aqui na SP Escola de Teatro. “Além do espaço físico, que facilita muito a realização de qualquer projeto, a Escola possui toda uma equipe pedagógica e de comunicação, que ajudam na organização e na divulgação, respectivamente, dos trabalhos propostos”, explica ele. 

 

O formador afirma, ainda, que o curso pretende, não só transmitir aos aprendizes toda a pesquisa que é feita sobre o assunto, mas, também, desmistificar a linguagem particular da Sonoplastia, fazendo com que todos do meio teatral entendam e possam compartilhar as informações. 

 

Com largo conhecimento em Teatro Vocacional e excelente didática, Cintia foi indicada – pelo formador do curso – para ser a artista residente de Sonoplastia do Módulo Verde. Mestre e Doutora em Multimeios pela Universidade de São Paulo (USP), a artista já foi professora do projeto educacional da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp); artista orientadora do Projeto Música Vocacional, da Secretaria da Cultura; professora de órgão eletrônico, teclado, harmonia e canto coral na Escola Toledo Instrumentos Musicais, em Pirassununga (SP); entre outras atividades. 

 

“Ela sabe conduzir em sala de aula todos os requisitos para a formação de novos aprendizes, dando a base para criação tanto nas interpretações de textos, como fornecer repertório para composição sonora de trilhas”, diz Teixeira. Cintia, por sua vez, comenta o quão feliz ficou em receber o convite e revela que “não há outro lugar no qual o artista possa trocar informações, ter explanações e conviver com pessoas de todas as áreas do teatro, como nessa Escola”. Segundo ela, o curso de Sonoplastia da SP Escola de Teatro prima pela criação e técnicas envolvidas para tal, por isso, a Escola “se tornará, em breve, referência para os profissionais da área”.