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1000 Km pela Arte

Publicado em: 06/07/2011 |

Mais de 1000 quilômetros separam a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco de Itapuranga, cidade do interior de Goiás. É de lá que veio Benedito Ferreira, aprendiz de Cenografia e Figurino do Módulo Verde.

 

Ferreira veio para São Paulo no começo de 2010 para trabalhar em direção de arte e cenografia de cinema, mas a sua história começa muito antes disso. Sua infância, segundo ele, foi dividida entre a casa dos tios em Goiânia, brincadeiras de rua, muito carinho e uma família pequena. 

 

As lembranças dessa época estão vivas até hoje. “A minha mãe, que é historiadora, antecipava as lições da escola comigo. Gostava disso, da maneira como ela conduzia o meu aprendizado, sempre de maneira afetuosa. Ela fazia outra coisa: xerocava imagens de livros de história da arte e pedia para que eu pintasse essas imagens. E depois, quando acabado, comparava as duas imagens”, relembra.

 

Seu interesse por cenografia começou a se desenvolver na mesma etapa de sua vida. “Eu não poderia fazer outra coisa. Talvez o meu interesse por ‘cenografar’ tenha acontecido nas festas de Natal. Eu intervinha bastante na decoração da minha casa, na árvore de Natal, em suas bolinhas coloridas, nas embalagens dos presentes e na intensidade do pisca-pisca.”

 

Já o contato com teatro se deu na escola durante sua adolescência. Mais tarde, se formou em Audiovisual pela Universidade Estadual de Goiás. Ainda que goste bastante de cinema, afirma que seu maior interesse reside nos palcos. “Embora eu aprecie bastante a presença da câmera de cinema, que é capaz de tantas coisas, eu queria pensar, e, por conseguinte trabalhar, a visualidade feita ao vivo”, ressalta.

 

Ferreira alega que a escolha de estudar na SP Escola de Teatro aconteceu “por acaso”. Segundo ele, um amigo ator comentou sobre a Escola e, quando descobriu que J.C Serroni era o coordenador do curso, considerou que seria uma oportunidade interessante para aprender cenografia teatral.

 

O contato com Serroni também lhe rendeu o trabalho atual, que desenvolve simultaneamente ao de direção de arte para cinema. Entre outros projetos pessoais, o aprendiz realiza atividades de pesquisa sobre cenografia teatral no Espaço Cenográfico, fundado por Serroni em 1998.

 

Hoje, no final do semestre, o aprendiz se mostra satisfeito, e destaca o que considera mais importante no estudo. “O curso é estimulante. A cada novo encontro eu tenho a impressão de que existe muito mais para aprender. É um fôlego que se ganha o tempo todo na Escola.”

 

Veja a história de outros aprendizes que vieram de longe pelo amor ao teatro:


Cris Oliveira – https://spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=1062

Durval Mantovaninnihttps://spescoladeteatro.org.br/noticias/ver.php?id=1076