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Na sede Roosevelt, Coletivo Binário estreia espetáculo sobre herança

Publicado em: 23/10/2018 |

Foto: Divulgação

A única coisa que os irmãos Carlos e Frederico receberam como herança após a morte de seu pai foi um milhão de enciclopédias. É aí, em meio aos livros empilhados por toda a casa, que começa a história de “O Que Fazer com o Resto das Árvores?”, peça que cumpre temporada na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro entre 26 de outubro e 26 de novembro.

Com texto assinado por Elder Torres, estudante egresso do curso de Dramaturgia da Instituição, o espetáculo olha para as relações entre pais e filhos, tocando em temas como memória, verdades e escolhas. Com ingressos a R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada), a peça tem sessões sextas, sábados e segundas, às 21h; e domingos, às 19h.

Na trama, os livros recebidos pelos irmãos foram escritos pelo pai durante mais de 40 anos, partes de uma enciclopédia “analógica” em plena era virtual. Sem que soubessem, ele ainda vendeu todos os seus bens, inclusive a própria casa, e usou o dinheiro para imprimir sua obra. Com 30 dias para desocupar a casa, Carlos e Frederico precisam então encontrar uma solução para a herança.

Para além do teor cômico surgido pela pergunta sobre o que fazer com os livros espalhados pela casa, a dramaturgia da peça mergulha em temas mais profundos, buscando analisar como as heranças que herdamos de nossos pais – não só materiais, mas emocionais – influenciam na construção de quem somos.

A encenação, dirigida por Larissa Matheus, busca acentuar esse conflito de gerações ao contrastar a ideia “antiquada” do pai com um cenário tecnológico, que utiliza projeções e vídeo mapping para ajudar a narrar a trama – em um telão ao fundo, um documentário exibe a história dos dois irmãos, mostrando detalhes que não são mencionados pelos atores.

Primeira montagem do Coletivo Binário, “O Que Fazer com o Resto das Árvores?” tem Elder Torres e Nando Motta, criadores do grupo, no elenco. A peça chega a São Paulo após cumprir temporada, em junho, em Belo Horizonte, no Centro Cultural Banco do Brasil.




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