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Intercâmbio une estudantes brasileiros e suecos para produzir filme

Publicado em: 05/02/2018 |

JONAS LÍRIO

Parceria entre a Escola Livre de Audiovisual (ELA) e a Universidade de Artes de Estocolmo (Uniarts), o programa de intercâmbio Cinema Brasil-Suécia começou a sair do papel no início deste ano. Por meio dele, seis estudantes de cinema dos dois países se uniram e vão produzir um filme de curta-metragem. A Escola Livre de Audiovisual é gerida pela Associação dos Artistas Amigos da Praça, responsável também pela gestão da SP Escola de Teatro.

O programa de intercâmbio teve início no Brasil em janeiro e ainda se encontra na fase de pré-produção. Nas primeiras semanas, os seis selecionados – três brasileiros e três suecos – se conheceram e passaram a introduzir suas culturas a seus novos colegas. A equipe foi a Minas Gerais assistir à 21ª Mostra de Cinema de Tiradentes, aproveitando a oportunidade para conhecer um pouco da culinária brasileira no caminho.

“Essa dinâmica de integração mostrou-se fundamental agora, quando estão desenvolvendo uma linguagem em comum, um sistema de criação audiovisual”, conta Marcio Aquiles, coordenador de projetos internacionais. “Conhecer melhor o Brasil, mesmo que em pouco tempo, foi fundamental para o processo.” Os estudantes ficam no País até março, quando partem para a Suécia para a segunda metade do programa, que vai até maio. A estreia do longa deve acontecer já no mesmo mês no Unga StDH, festival promovido pela Uniarts.

Em fevereiro, eles se concentram em definir um roteiro para o filme que vão produzir. Segundo Vana Medeiros, uma das selecionadas, a equipe está focada em criar uma história que lide com os temas da produção, escolhidos em conjunto: corpo abjeto, herança cultural e pertencimento. “A preparação tem sido bastante intensa, mas a troca entre todos é maravilhosa”, diz.

Aprendiz egressa do curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro, Vana avalia que a experiência já tem rendido bons frutos. “Acredito que se eu saio de um processo sem ter mudado e amadurecido como artista, o processo deixou a desejar como fonte de crescimento. Mas aqui, mesmo tão no começo, eu já aprendi muita coisa, tanto com os suecos quanto com os brasileiros”.

Nilas Lindgren, que estuda Cinema na Uniarts, conta que suas expectativas sobre o projeto já estão sendo superadas e que está surpreso com o quanto tem se divertido durante o processo. “Espero que nossas diferenças em contar histórias transpareçam no resultado final, porque acredito que o filme que estamos produzindo será algo único”, diz.

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