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Cursos regulares participam de Território Cultural Livre no sábado (5)

Publicado em: 26/04/2018 |

No dia 5 de maio, sábado, a partir das 10h, a sede Brás da SP Escola de Teatro recebe o segundo Território Cultural Livre de 2018. Com programação gratuita e aberta ao público, o evento traz apresentações musicais e de teatro, ciclo de debates e exibições audiovisuais, tudo pautado pelos aprendizes dos cursos regulares da Instituição.

“As questões discutidas nesta edição têm a ver com temas que surgem nos experimentos cênicos, mais especificamente com a perspectiva relacionada a questões da negritude”, comenta Joaquim Gama, coordenador pedagógico da SP Escola de Teatro. Neste primeiro semestre, os estudantes discutem em sala de aula temáticas relacionadas a corpos e identidades que desconstroem os padrões hegemônicos, abordando questões como gênero, sexualidade e etnia.

Para compor esta edição do Território Cultural, o Núcleo Negro, coletivo formado por aprendizes da SP Escola de Teatro, articulou a vinda de convidados especiais para as atividades do dia, como um ciclo de conversas com participação da rapper Luana Hansen e de Stephanie Ribeiro, colunista da revista Marie Claire Brasil. Outro destaque é Cia. Carne Agonizante, que apresenta seu espetáculo “Não Tive Tempo para Ter Medo”.

“A principal ideia foi trazer estudiosos que tenham visibilidade nas áreas em que atuam. São pessoas que conseguem desenhar a partir da sua própria trajetória uma outra perspectiva possível sobre o que é ser negro hoje em dia”, explica Nina Oliveira, aprendiz do curso regular de Sonoplastia e integrante do Núcleo. “Temos na programação desde colegas do teatro e da música a uma economista e uma cientista política; todas e todos atuando em espaços que foram alcançados com seus trabalhos e militância, enfrentando questões como racismo e machismo.”

Programação

O segundo Território Cultural Livre tem início às 10h com uma apresentação do grupo Odara Negrada, que já esteve na Escola anteriormente. O show do coletivo traz canções afro-brasileiras em português e em iorubá, executadas ao som das batidas da alfaia e do batá.

Às 11h, a Cia. Carne Agonizante apresenta o espetáculo “Não Tive Tempo para Ter Medo”, inspirado nas obras política e poética de Carlos Marighella (1911-1969), guerrilheiro e escritor que chegou a ser considerado o inimigo número um da ditadura militar brasileira.

O primeiro encontro do ciclo de conversas organizado pelo Núcleo Negro acontece ao meio-dia, com tema “O Povo Negro é Cultura de Resistência”. Participam do debate: a rapper Luana Hansen; a psicóloga Priscila Santos, do Núcleo Negro de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros da UFABC; o ator e DJ Eugênio Lima, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e Frene 3 de Fevereiro; o diretor e dramaturgo Zé Fernando, do grupo Teatro dos Narradores e Cia. Os Crespos; e Ismael Ivo, coreógrafo e diretor artístico do Balé da Cidade de São Paulo.

Em seguida, às 13h40, o performer, músico, compositor e pesquisador da cultura afro diaspórica Will Oliveira apresenta a performance “Brasil Negreiro” no pátio da SP Escola de Teatro.

A primeira sessão da mostra Perspectivas do Audiovisual Negro acontece às 14h30 e contará com a participação da atriz Shirlena Marabilis e da roteirista Pricilla Costa (curta: “A Alma do Cinema Não Tem Cor”), do cineasta Renato Cândido (curta: “Jennifer”) e do roteirista e diretor Valter Rege (curta: “Preto no Branco”). Depois do bate-papo com os convidados, os curtas serão exibidos novamente.

O segundo encontro do ciclo de conversas desse Território Cultural tem como tema “Reconstruindo o Imaginário Social da Mulher Negra” e discute a reconstrução do pensamento sobre a mulher negra, que sai de um lugar de submissão no imaginário social para ser vista em espaços de construção de saberes. Participam do debate: a escritora e ativista Stephanie Ribeiro; Juliete Vitorino, membro da Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio; Alessandra Almeida, pesquisadora em políticas públicas sobre gênero, raça e classe e membro da Marcha das Mulheres Negras de SP; e Rafaela Carvalho, economista e militante do Movimento de Mulheres Olga Benário.

As atividades do dia chegam ao fim com a apresentação musical Vozes Urbanas, às 15h50, que reúne jovens artistas apresentando seu projeto autoral.

***

Aprendizes dos cursos regulares devem escolher, no mínimo, uma atividade do evento, que será considerado como dia letivo. Para inserir seus nomes nas listas de atividades, basta visitar a secretaria da Pedagogia, na sede Brás, até 3 de maio.




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